Anais EnAJUS 2021

ISSN 2674-8401

Feminicídios do Estado do Rio Grande do Norte de 2011 a 2019

Autoria: Kelly Christina da Silva Matos Pereira, Jordana Cristina de Jesus, Karina Cardoso Meira

Informações

Sessão Online 19 - 27/10/2021, Das 12h10 às 14h00 (Horário de Brasília) Das 16h10 às 18h00 (Horário de Portugal)
Mediação: Prof. Doutor Antonio Isidro (Laboratório de Inovação e Estratégia em Governo (LineGov|Universidade de Brasília))

Resumo

No Brasil, as leis Maria da Penha (2006) e do Feminicídio (2015) tratam de violências contra a mulher. A primeira tem por objetivo a proteção da mulher vítima de violência doméstica, seja psicológica, física ou moral e, embora não defina penalidades para os agressores, propõe medidas protetivas para manter o agressor longe da vítima bem como a criação de rede de amparo à mulher. A segunda, do Feminicídio, passou a acrescentar um agravante ao crime de homicídio, transformando o assassinato de mulheres em homicídio qualificado. O feminicídio é um assassinato de mulheres devido à sua condição de gênero. Os números de registros de feminicídios e denúncias contra o agressor são importantes indicadores para avaliar as políticas públicas de segurança das meninas e mulheres, retratando as condições de desigualdade nas relações homem-mulher que permeiam a sociedade brasileira. Neste sentido, este trabalho buscou quantificar e tipificar o feminicídio através das 966 mortes violentas femininas ocorridas no Rio Grande do Norte no período de 2011 a 2019. Para isso, foi utilizada uma pesquisa documental de dados da Rede e Instituto OBVIO. Com isso, o perfil encontrado na maioria das vítimas é jovem, negra, de renda baixa. A partir de modelos de regressão logística foi possível observar que as mulheres têm mais chances de serem vítimas de arma branca, objeto contundente ou outros meios em relação à arma de fogo, o que reforça as características de ações motivadas pelo ódio discutidas no conceito de feminicídio. Além disso, a análise permitiu perceber a disseminação da violência no interior do estado.

Palavras-chave

Mortalidade Feminina; Violência Contra a Mulher; Feminicídio.
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