Número ISBN: 978-85-54356-00-2
Autoras: Simone Gelmini Araujo, Simarly Maria Soares
Sessão 11: 14h00-15h30 - Sala 109 - Bloco C - Térreo
Coordenador: Breno Giovanni Adaid Castro, Centro Universitário IESB, Brasília, Brasil.
O objetivo deste ensaio é indicar a propensão à mudança no estilo brasileiro de administrar das organizações públicas, como respost a às pressões institucionais provenientes das ações do judiciário no combate à corrupção.À luz da atuação do judiciário nas ações contra os crimes de corrupção, que têm repercutido no Brasil e no mundo buscou-se elucidar que as respostas estratégicas das organizações podem estar sendo mod ificadas pela pressão institucional, resultando em uma tendência ao comportamento isomórfico que pode afetar o estilo brasileiro de administrar. Utilizou-se os modelos de resposta estratégica (Oliver, 1991), o estilo brasileiro de administrar (Prates & Barros, 2007) e de influência dosstakeholders do governo local brasileiro de Gomes e Gomes (2010) para apresentar proposições que impliq uem na melhor compreensão do fenômeno. A contribuição deste ensaio propicia uma reflexão sob re a necessidade de rever o sistema de ação cultural brasileiro, considerando a atuação do judi ciário como stakeholders na intervenção dos casos de corrupção. Desta forma, as organizações pú blicas são pressionadasa prover respostas estratégicas compatíveis com normas e regras formais. E neste sentido, o isomorfismo sugere que características organizacionais são alteradas, de f orma a tornarem-se compatíveis com as expectativas do ambiente em que estão inseridas. In fere-se que, ao cumprir sua missão de fomentar uma sociedade justa e solidária, o judiciário influencia nas respostas estratégicas das organizações públicas, repercutindo nas bases culturais brasileiras.